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reflectmyself

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Olha para mim

Arms, 14.04.07
Olha para mim,
Esta é a minha memória.
Não é a melhor,
Soa como eu.
Soa como o tempo que passou,
tempo perdido em lembranças,
poucas esperanças.

Fogo de um sol extinto,
brisa morta em mares inexistentes.
Perdido em desertos desconhecidos,
nos confins do templo da minha mente.
Aquilo que nunca encontrarás.

Antigos segredos
debaixo de tesouros de piratas,
de ouros e jóias,
perdido no centro de uma ilha,
no canto do esquecimento.

Navios afundados em emoções,
debaixo de mares que me banham,
onde me perco em ilusões,
energias gastas em pensamentos.
Poucos talentos.

Olha para mim.
Um espelho quebrado
com moldura de ouro -
ouro barato, imitação.
Não é o melhor.
Simplesmente eu...

Olha para mim, um fantasma.
Procurando,
desejando um lugar,
um castelo assombrado
na berma da Terra,
longe do Homem,
sozinho,
no fim da vida.
(2000)

Destino afogar

Arms, 14.04.07
Será que me lembrei de te esquecer?
Será que me esqueci de me lembrar de ti?
Será que esqueci quando partiste?
Será que parti quando esqueceste?

Nunca pensei que fosses sonhador.
Nunca sonhei que fosses pensador.
Tiveste-me, perdeste-me.
Será que te perdi primeiro?

Ou será que nunca te conheci?