Conchas partidas nesta praia dourada de águas turquesas, de sonhos que estão longe de alcance, dando à costa com a subida da maré. Estes sonhos perdidos fazem a minha alma chorar.
Sem promessas, sem garantias.
Apenas conchas quebradas numa praia gentil. Ondas batendo sobre a areia de sonhos que solto do mundo do meu coração.
Mas algures na minha alma sei que sonhos perdidos são soltos para crescer.
Então ando à deriva das ondas na praia sentindo amanheceres de novos sonhos que tento alcançar, olhando para baixo em constante ansiedade.
Solta-se apenas um sorriso quando um anjo tem que morrer. Esses punhos fechados embrulhados nesse coração destinado a ser quebrado. Os vidros a cortarem-lhe os dedos quando cada peça está a ser apanhada. A única coisa que ela deixou escapar foi o sangue dos cortes.
Escondeu mais a si próprio que aos outros.
Está na altura de ela abrir os olhos e ver-se. A verdadeira ela: a criança assustada, ainda com medo do escuro.
Essa verdade choca-te, na altura em que o mundo cai nessa noite.
Quem riu quando ela deixou cair a máscara?
Penso ter visto o culpado, mas estava escuro demais para ver fosse o que fosse.
Ele pergunta: - A gata selvagem recolhe as suas garras e ronrona? Devo acreditar nisso? Ela pensa: - A gata selvagem quer cravar as suas garras no teu coração, queridinho. E se ela tem que ronronar um bocado para se aproximar, então... Ronrom! Ela diz: - Não consegues ler os meus pensamentos? Olha-me nos olhos então...
Dia em que em Portugal se ganhou o direito à liberdade (entre outras coisas).
Pois exerço a minha liberade de não falar sobre o assunto. Não é por não me ser importante nem por eu não reconhecer a sua importância. Apenas pelo simples facto de eu não ver a necessidade de estar a falar sobre o óbvio.
E porque não necessito de falar sobre o assunto só para que fique bonitinho no meu blog. Se tiver que falar sobre o assunto, que seja em qualquer outra altura. Porque não sou adepto de só falar sobre as coisas apenas nos dias em que elas são comemoradas.