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reflectmyself

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Odeio-te

Arms, 14.10.07
(E mais um texto meu...)

Odeio-te. Odeio-te apaixonadamente. A paixão pelo ódio que sinto por ti consome cada célula que tenho no meu corpo, fervilhando de calores solares que me eliminam por completo. O que fica é apenas o meu instinto natural de infligir dor e miséria a ti. A ti que odeio carinhosamente. Toda esta ira. Todo este ódio. Tudo guardado aqui dentro, neste coração manchado de sangue e suor. E lágrimas. Neste pequeno coração pronto a explodir em pedaços finos e pontiagudos. Pequenas armas de arremesso directos para o teu coração de mármore. Mármore porque esse calhau que tens no peito ainda se esconde sob um véu de nobreza. Nobreza. Isso que tens não é nobreza, é avareza, mesquinhice, prepotência. Guardei tudo cá dentro. Será que sabes que guardei tudo só para ti? Não conseguias ser feliz deitado apenas ao meu lado. Estava errado ao deixar-te entrar bem dentro da minha alma. Mas deixei-te entrar e deixei-te usar a minha alma. E abusar dela. E agarraste nela, amachucaste-a, rasgaste-a em pedaços e deitaste-a fora. Milhões de pedaços que escorregavam da minha face em perfeitos pavimentos. Claros como cristais. Cicatrizes na minha cara. Mas, gota a gota, pedaço a pedaço, como uma tortura, irei devolver tudo. Tudo o que me deste irei devolver. A forma como me usaste, abusaste e troçaste. Toda a dor. Todo o rancor que me deste. Irei devolvê-lo.

Apenas porque já não quero as coisas que me deste.

Quando todos sabem que enlouqueci

Arms, 14.10.07
(Mais um dos meus textos)

Andei a manhã toda a debater comigo mesmo se havia de guardar segredo ou não... Mas que se lixe, todos devem saber que estou uma pilha de nervos maníacos, esquizofrénicos, indecisos, revoltados e alucinados. Pois era só isto que eu queria dizer... As lutas frenéticas no meu interior andam a levar-me à loucura. Manias atrás de manias de pensamentos esquizofrénicos, indecisão, sim, não, vou, fui, luto, deito, paro... Pára!! Canso-me a mim mesmo até à exaustão e, depois, aí começam as lutas na minha cabeça. Alucinações de coisas que nunca foram (nem nunca serão) como se eu os tivesse vivido pessoalmente. E luto e bato e grito e choro e digo uma sucessão de palavras curtas repetidamente, freneticamente, rapidamente como se isso fosse resolver alguma coisa na minha vida porque eu, no fundo, até estou calmíssimo mas pronto devo estar a alucinar neste momento porque estou a escrever este texto completamente sem sentido nenhum, quase sem pontuação nenhuma, como uma corrida contra o tempo de mim mesmo, tempo que goteja do tecto deste quarto claustrofóbico, impondo a sua autoridade sobre este corpo fragilmente esquecido pelo mundo lá fora e chove... Inspira. Expira. Acalma. Inspira. Expira. Acalma... Isso... Acalma... Agora... Adormece.

Meme: 5 qualidades, 4 pessoas

Arms, 14.10.07
OK! Fui etiquetado pela Max (MAX) para este desafio, estilo memória descritiva, ou algo do género.

"Isto funciona de seguinte forma: faz uma lista de cinco virtudes que tens enquanto escritor/artista. Isto não é para te exibires, é uma avaliação honesta (forçada por este desafio). Por favor resiste à necessidade de enumerar as tuas fraquezas, ou sequer mencioná-las em contraste às tuas qualidades. Nomeia quatro outros artistas das quais gostarias que partilhassem as suas qualidades."

Ai, a lista... Após muita ponderação (muita mesmo que nunca pensei nisto e, sendo quem sou, nomear qualidades sobre mim soa-me sempre a exibicionismo...) aqui está a lista:

1 - Humor quase ingénuo (como o das crianças): quem realmente me conhece sabe que tenho uma criança 'saudável' dentro de mim e que tendo a brincar muito com as coisas do dia-a-dia. Logo, não é de espantar que, volta e meia, eu demonstre um bocado esse lado 'Peter Pan' da minha personalidade na minha escrita.

2 - Directo à questão: não tenho paciência nem tempo para andar a rondar questões e temas apenas porque fica 'politicamente correcto'. Vou directo à questão. Bom, nisto prefiro pensar que sou directo. Há quem me ache nada directo... mas isso são questões de pontos de vista dos outros.

3 - Poeticamente violento: Já me disseram isto ao caracterizar os meus textos (que podem ler carregando na etiqueta 'Os meus textos'. Sim, este agora é propositadamente exibicionismo.) pela forma nua e crua que retrato as ambiências e eventos, misturados com uma forma poética de uso de palavras. Enfim, eu concordo com eles.

4 - Intenso: Também já me disseram isso. Que transmito tanta emoção com simples palavras.

5 - Dar que pensar: Maior parte dos meus textos retratam pensamentos ligados a relações entre humanos. Muita gente diz que os fazem pensar imenso sobre muitas coisas que normalmente não pensariam.

A seguir, nomear quatro pessoas. E vou nomear as seguintes:

1 - Cat (Catarina's)
2 - Nobody's (Passion by Nobody's Bitcho)
3 - Rui Barbosa (ruizíadas)
4 - /me (Neo-Relapsias)

E, à quarta tentativa, ele olhou para o seu post e sorriu. E o post estava quase como ele queria!

Pessoas

Arms, 14.10.07
Há pessoas que, sei lá, na tentativa de se fazerem passar por pessoas com piada, acabam por dizer as coisas mais ridículas e despropositadas exactamente na altura errada.
Eu conheço pessoas assim.

Depois há aquelas que se fazem passar por pessoas com piada apenas para mascarar a sua mediocridade na vida ou as suas inseguranças interiores.
Também conheço pessoas assim.

Pedido

Arms, 14.10.07
E se eu disser que tenho uma ideia a magicar na minha cabeça e que queria pedir a vossa colaboração?

Não é enviar-me dinheiro (embora eu gostasse).
Não é apresentarem-se pessoalmente (embora fosse divertido).
Não é virem cá todos os dias (embora fosse simpático).

Seria simplesmente lerem algo e darem uma opinião. Mas, na altura certa eu falarei melhor sobre isso. Porque implica a criação de (mais) um blog da minha parte.

"Ai... É só blogues este rapaz... Ainda diz ele que não é viciado! Realmente..."