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reflectmyself

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Saltitar

Arms, 31.10.07
O problema de saltitar de blog em blog é que vamos parar em blogues que nos são completamente surreais.

O lado positivo é se descobres que alguém tem o teu blog linkado ao dele(dela) e excertos daquilo que escreveste há tempos... Ficas a pensar em algo como: "Fo**-se! Afinal até que sou minimamente interessante!"

Perguntas.

Arms, 31.10.07
Há dias eu e um amigo meu estivemos a lançar perguntas um ao outro de um livro chamado "O livro das perguntas". Agora lanço-vos algumas perguntas. Apenas porque tenho curiosidade... Responderei às perguntas também...

1) Gostaria de saber a data exacta da sua morte?
Não. Detestaria saber. Para mim é a diferença entre até saber que tenho prazo de validade e saber qual é o meu prazo de validade. Acho que entraria em stress por saber que o dia D se aproxima. Dia após dia, um passo mais perto do fim. E saber que me faltam 'x' dias para o limite. Não obrigado. Prefiro viver na ilusão de que vou durar muito tempo.
2) Que importância terá para a sua vida saber o dia que vai morrer?
Toda! O facto de saber a data exacta irá fazer com que eu viva em função desse dia. Toda a minha vida estaria organizada de forma a usufruir do tempo que cá estaria antes do fim. Que stress! Faria tudo para não desperdiçar tempo - que, confesso, é algo que gosto bastante de fazer!
3) Será o quotidiano vivido mais intensamente se tivermos consciência de que a morte poderá chegar a qualquer instante?
Não! São formas diferentes de se viver. A intensidade não é definida por saber ou não quando se morre. Mas por saber ou não como se vive. A única diferença é tentar fazer muita coisa ao mesmo tempo quando se sabe a data da morte. Aí não se vive intensamente, mas vive-se intensivamente. É diferente.
4) E se não pensarmos muito no assunto?
Continuamos a viver... Se não se pensa no assunto, vive-se normalmente.
5) Se soubesse que alguém estiver prestes a morrer, revelar-lhe-ia a verdade ou não?
Pergunta difícil. Sabemos sempre as respostas quando elas se referem a nós mesmos. Não sei se contava, provavelmente não. Talvez faria de forma a aproveitar ao máximo quando estivesse com ele. O que acaba por ser ridículo, mas só pensamos em aproveitar ao máximo quando sabemos que existe uma data limite e que a data é aquela. Esta pergunta faz-me pensar em mudar algumas atitudes perante os meus amigos.
6) Quantos anos de vida acha que ainda vai ter?
Espero que tenha, pelo menos, mais 74 anos, para chegar aos 101 e ver a minha melhor amiga fazer 100 anos. Ficou prometido. O mais provável é chegar aos 74 e bater as botas, mas espero ter bastantes anos pela frente!

A mensagem

Arms, 31.10.07
Ele prepara-se para se deitar. Despe-se como sempre fez. E, como sempre, olha para a cama, vazia, fria decerto, enquanto veste um t-shirt. Sai do quarto e segue para a casa de banho. Escova os dentes. Quando volta para o quarto, vazio e frio, sentindo que o tempo rasteja ouve o telemóvel tocar. Uma mensagem. Dirige-se para o telemóvel, movendo-se como se estivesse debaixo de água. Esforçando-se par não sentir a sua solidão. Lê a mensagem e sorri. E deita-se sorrindo.

Era um engano. Mas um engano feliz. E a mensagem dizia: "Sou um admirador da tua beleza!"