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reflectmyself

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Sabes?

Arms, 28.08.08
Sabes aquela cara que fazemos quando descobrimos a resposta de um problema que nos tem atormentado durante imenso tempo e nos apercebemos que era básico, prático e na nossa cara?

Pois...

De volta

Arms, 28.08.08


Uma semana de férias...mas férias a sério. Nada daquelas coisas de viajar de cidade em cidade com festas e saídas até às quinhentas. Falo de passar dias a fio deitado sobre o sofá a vegetar enquanto vejo televisão. Recarregar completamente as baterias. Desperdiçar tempo. Cheguei hoje a Lisboa e, agora sim, tenho uma semana com saídas até às quinhentas (pelo menos assim o espero) e madrugadas às claras, estando às escuras.

Fica uma música que me tocou nas férias. Por todos os motivos... valeu um sorriso, uma lágrima... acompanhado de um riso tímido. E eu acompanhado de um jovem moreno, de olhos azuis, a dormir nos meus braços. O meu sobrinho de dois meses. O mais perto de felicidade que tenho de momento.

Voltei com força.

Citações de Albert Einstein

Arms, 19.08.08
- Qualquer idiota inteligente consegue tornar as coisas maiores, mais complexas e mais violentas. É necessário um toque de génio - e muita coragem - para fazer o oposto.
- Imaginação é mais importante que conhecimento.
- Quero conhecer os pensamentos de Deus; o resto são pormenores.
- Realidade é apenas uma ilusão, apesar de persistente.
- Uma pessoa só começa a viver quando consegue viver fora de si mesmo.
- Falta de atitude acaba por se tornar falta de carácter.
- Nunca penso no futuro. Ele virá a seu tempo.
- Às vezes paga-se demasiado por aquilo que se consegue com tão pouco.
- A pessoa que nunca errou é a pessoa que nunca tentou algo novo.
- Grandes pessoas encontram sempre oposições violentas de mentes fracas.
- Senso comum é uma colecção de preconceitos que adquirimos até aos dezoito anos.
- O segredo da criatividade é saber esconder as tuas fontes.
- Não consegues resolver os teus problemas usando a mesma linha de pensamento que usaste ao criá-los.
- O mais importante é nunca deixar de perguntar. A curiosidade tem o seu propósito em existir.
- Educação é o que sobre depois de te esqueceres de tudo o que aprendeste na escola.
- Se A é sucesso na vida, então A equivale a x mais y mais z. Onde x é trabalho; y é diversão; e z é manter a boca fechada.

Em modo offline

Arms, 17.08.08
Pois, como seria de esperar, entrei de férias. Durante os próximos dias este blog vai estar ainda mais desactualizado. Se tudo correr bem não puderei vir actualizar o meu blog pelo que fica aqui um "até logo".

Vou conhecer o meu sobrinho e viajar... =)

Hasta luego!

Foi assim

Arms, 14.08.08
Conheceu Daniel num museu há uns dois anos atrás, enquanto procurava pelos seus amigos. Haviam combinado encontrarem-se ali. Enquanto contemplava uma escultura, recuara uns passos atrás e tropeçara em Daniel, que admirava um quadro de um retrato de um desconhecido qualquer historicamente importante. Pedro tentara desculpar-se em inglês, uma língua que não sabia falar bem, mas desistira e começara a desculpar-se em português e depois tentara desculpar-se em inglês por ter de se desculpar em português, até que se apercebera que Daniel era tão português quanto alguém poderia ser. Ele decidiu entretanto que Pedro deveria pagar-lhe uma dispendiosa sanduíche e um sumo gaseificado exorbitantemente caro, como modo de redimir, e, bem, foi assim que tudo se iniciou realmente. Depois disso, Pedro nunca conseguiu convencer Daniel de que não era o tipo de pessoa que visitava museus.
Há quatro maneiras diferentes de um observador distinguir Daniel de Pedro: primeiro, Pedro é dois palmos e meio mais alto de Daniel; segundo, os olhos de Daniel são de um azul cristalino, ao passo que os de Pedro são castanhos claros, como mel; terceiro, Pedro usa um anel prateado na mão direita, oferecido pela mãe, enquanto Daniel não possui qualquer jóia visível; quatro, Daniel gosta de palavras, ao passo que Pedro está sempre esfomeado. Além do mais, não se parecem minimamente um com o outro.
Pedro receara Daniel, que era encantador, frequentemente bastante divertido e que certamente chegaria a algum lado. E Daniel via em Pedro um enorme potencial que, apropriadamente manobrado pelo homem certo, o tornaria no perfeito parceiro matrimonial. Se ele fosse ao menos um pouco mais concentrado, murmurava para si mesmo. Apesar disso, Daniel convencera-se de que a colecção de trolls de Pedro era indício de uma atraente excentricidade e chegara à conclusão de que os grandes homens coleccionam sempre algo. Na verdade, Pedro não coleccionava realmente trolls. Encontrara um troll no passeio e, numa tentativa vã de injectar um pouco de personalidade na sua secretária, colocara-o sobre o monitor do computador. Os outros seguiram-se nos meses subsequentes, presentes dos amigos que haviam reparados no seu pendor pelas feias criaturinhas. Pedro aceitara esses presentes e posicionara-os, estrategicamente, em redor da sua secretária. E foi assim que, numa dessas entregas, que tudo o resto começou...

(Tentativa de algo diferente, baseado em algo que já foi feito e que nunca foi inteiramente concluído.)

A importância em não saber

Arms, 09.08.08
Tenho a sensação que voltei ao "não saber quem sou" depois deste tempo todo. O que, na realidade, nem é assim tão mau o quanto as pessoas fazem crer.

Há uma certa sensação de paz em não se saber quem se é e o que se quer da vida... Como se a tempestade emocional, vinculada a uma personalidade, se tivesse passado e eu estivesse agora naquela fase de paz... como as manhãs depois de uma noite de tempestade, em que há um silêncio quase palpável, que nos envolve como se estivéssemos dentro de gelatina. Daqueles silêncios que nos entram na alma e silenciam tudo cá dentro. Uma espécie de "desligar o quadro geral" no fim de um dia de trabalho, silenciando as máquinas e desligando as luzes.

E começamos a avaliar tudo o que temos, o que conseguimos... tudo por que passamos. E passamos por tanta coisa em tão pouco tempo que não temos tempo de absorver tudo e evoluir. Até que chegamos à conclusão que já passámos por tanta coisa que evoluímos tanto em tão pouco tempo que saltámos alguns degraus sem termos dado por isso - que fomos adultos ainda antes de sequer termos dado por isso.

Quer dizer, olhando para trás, para tudo o que passei - e vendo algumas das minhas reacções - chego à conclusão que, dada a possibilidade de passar pelo mesmo agora, teria feito as coisas de forma completamente diferente. Teria-me comportado de forma diferente e teria, muito mais que definitivamente, imposto que se comportassem de forma completamente diferente para comigo. Não teria aturado com maior parte das coisas que aturei. Teria levantado o tom e reagido.
E, depois, nem há sequer aquele arrependimento de "eu devia de ter feito ou dito isto ou aquilo". Não há. Há apenas um sorriso tímido nas costas da nossa memória. Aquele sorriso que se tem quando descobrimos a solução (mais que óbvia) de um problema que nos tem atormentado há anos. Uma espécie de sorriso entre o orgulhoso por ter conseguido lá chegar e o embaraço de não ter apercebido disso antes, misturado com uma sensação maternal (ou paternal, whatever) qualquer não completamente descritível.
E nem há rancor para com as pessoas que nos trataram mal ou nos fizeram passar as passas do Algarve. Não. Há apenas uma espécie de indiferença não totalmente definida. Como se as pessoas do passado fossem apenas "pessoas do passado" e não "pessoas que me magoaram", apesar de o terem sido também mas não ser esse o motivo pela qual se destacam. E, de uma forma bastante estranha e, ao mesmo tempo, linear, há uma espécie de agradecimento silencioso para com essas pessoas. Como se estivesse grato por aquilo que me fizeram porque aquilo que foi feito serviu para eu me tornasse naquilo que sou hoje.

E aquilo que sou hoje é confortável. O que sou hoje serve-me como uma luva, como se fosse o mais perfeito que pode ser neste momento. Mesmo não sabendo quem sou e o que quero... Porque não sabendo ajuda-me a descobrir melhor quem sou na realidade. Não sou viciado por sentimentos ou comportamentos habituais da minha antiga personalidade. É como se eu tivesse deixado o meu eu para trás e eu tivesse percorrido este caminho todo e sentado - tal como no meu header - num banco de realizador e estivesse agora a contemplar a vastidão de todo o meu ser actual. Em que todas as experiências anteriores se descortinam à minha frente e consigo ver as ligações entre elas e os porquês das minhas antigas reacções e os momentos que pensava não ter aproveitado mas que não poderia aproveitar porque não estava preparado (quer psicologicamente, quer fisicamente) para isso. E, aquela sensação de não ter aproveitado a vida, de ter deixado as oportunidades passarem-me ao lado, desvanece porque apercebo-me da razão pela qual cada situação aconteceu como aconteceu e cada oportunidade foi descartada como foi. Isto tudo apesar de ainda existir aquela agulha de incómodo que me faz acreditar que não aproveitei realmente a vida. Não agarrei a vida pelos cornos nem lhe suguei o tutano. Não aproveitei ao máximo, porque não podia. Porque faltava algo que sempre me faltou e que, de repente, tenho.

E isso é auto-confiança, a auto-estima... e a noção da importância de eu não saber quem sou e o que quero da vida. O que, vendo bem as coisas, não é tão mau quanto fazem crer.

Conhecendo-me, conhecendo-te

Arms, 09.08.08
Ao escrever estas palavras todas, neste blog, sempre houve uma definitiva sensação de vulnerabilidade. Uma sensação de que as pessoas podem pensar que me conhecem e que conhecem a minha vida simplesmente por ler tudo o que escrevo aqui. Tenho pensado nisso durante a minha pausa... Naquilo que transmito às pessoas que me lêem, naquilo que elas me transmitem com os seus comentários mas, acima de tudo - e esta é a parte mais estranhamente familiar - a imagem que tenho da imagem que as pessoas têm de mim. Ou seja, aquilo que as pessoas me transmitem como sendo aquilo que elas pensam que sou. Dediquei algum tempo para dar espaço em pensar sobre o que coloquei aqui neste blog nestes últimos anos e aquilo que vivi e partilhei aqui, nestes anos, dos meus 27 anos de vida. Não existem conclusões, apenas pensamentos como sempre.

Estas palavras não sou eu. Estas experiências não sou eu.

Como diz a minha mãe: "Os teus pensamentos sobre uma árvore não é a árvore." O que escrevo aqui não sou eu, apenas uma viagem aleatória à minha mente. Um catálogo de experiências emocionais, acontecimentos diários e as minhas respostas a elas. Elas não são quem eu realmente sou. Evidentemente que muitos diriam, por aquilo que escrevo, que a minha vida pende em dois extremos opostos: ora eu sendo fechado e tímido e triste, ora eu sendo aberto e extrovertido e alegre. E talvez até é assim que a minha vida acontece, mas continua a não ser eu. A minha vida é tão banal como de qualquer outra pessoa - havendo inclusive alturas em que a balança não pende para lado nenhum, em que os sentimentos e acontecimentos são absolutamente neutros. E, no fundo disto tudo, existe um observador silencioso, intocável por todos. O meu eu que está ligado a todos vocês e ao resto do mundo. O meu eu que está para além destas palavras.

Se algum dia quisessem conhecer esse meu eu, teriam que me olhar nos olhos. E eu estarei lá.

Arquivado

Arms, 05.08.08
Hoje pensei em ti. Um pensamento efémero e fugidio. Sem propósito nem razão de ser. Estava ocupado a viver, completamente distraído com a minha rotina quando apareceste na minha mente. Assim como se eu tivesse levado uma estalada qualquer, uma chamada atenção. Já não pensava em ti há imenso tempo e até já me tinha esquecido de que existias. Mas lá estavas, no meu pensamento, sem propósito, sem razão de ser. Apenas porque lembrei-me de ti naquela fracção de segundo. Não senti mágoa. Não senti dor, nem arrependimento. Não senti aquela sensação de ter perdido algo. Nada. Nem me lembrei de algo que tivéssemos feito juntos, ou dito um ao outro. Nada. Eras apenas tu, ali, em pé no vácuo da minha mente. Foi como se a minha mente me estivesse a dizer "olha! Encontramos esta memória perdida aqui. O que queres que a gente faça? Arquivamos?" Arquivamos.

E pronto, foste arquivado...

Suicidem-me

Arms, 01.08.08
Mãe - Estou no Algarve e encontrei um bar dos teus.
Eu - Dos meus?
Mãe - Sim. Tu sabes... (e muito baixinho) dos gays!
Eu - E?
Mãe - Quero que conheças alguém... (passa telefone a fulano)
Fulano - Olá!
Eu - Erm... O-Olá.
(Fulano fala e fala e diz que diz e coisa e tal... gabando a minha foto. Fulano despede-se e passa telefone a mãe.)
Mãe - Então?
Eu - Agora tornaste-te numa chula?
Mãe - Estou só a zelar por ti. Ele é muito giro e tímido... mesmo daqueles que gostas. (Nem fazia ideia que mamã sabia de gostos de Arms) Ele deu-me a foto dele. Depois levo-te. Ah, ele manda beijinhos... (pausa.) Ah, querido! Também és um amor. (para fulano) Tens que vir cá um dia. (para mim).
Eu - Mãe... e se eu procurar por mim mesmo, hein? Posso?
Mãe - Podes. Mas, ao ritmo que procuras, só encontras alguém aos 50.

(E... naquele momento, odiei realmente a minha mãe...) XD

(E quem me dera poder pôr um grande FICÇÃO nas etiquetas... Isto aconteceu mesmo!)

(Apercebo-me que me tornei mais velho que a minha mãe... Que pudico e tímido que sou...)

(Por acaso a foto é gira... pena o fulano não ter posto o número de telefone atrás...)

(Mamã não é lá muito boa chula... mas tenta!)