O meu céu
Uma planície extensa, como uma savana. Imenso espaço aberto. Tudo plano até coseguir olhar. Ao fundo, no horizonte, uma montanha solitária, como a montanha Kilimanjaro. E uma cidade de mármore e cristais no sentido oposto. Onde o sol brilha e as luzes reflectem-se, criando efeitos de luz como um arco-íris. Um céu alto e azul, aquele azul forte como nas tardes de Verão, e uma brisa fresca como mentol. Um rio largo e comprido, mas calmo, de águas cristalinas. Àrvores sarapintadas pelo espaço todo e manadas de elefantes e zebras do outro lado do rio. Manchas de manadas de gnus, algumas girafas e algumas avestruzes perdidas. E eu, sentado debaixo de um salgueiro chorão, que se inclina sobre o rio, a dormitar. E esta planície é uma ilha que flutua sobre as nuvens, douradas com feixes cor de salmão, aquela cor de salmão que aparece nos pores do sol nos fins de Agosto. E um sol enorme e vermelho, como nos pores do sol africanos. Aqui está uma imagem que dá alguma ideia do que imagino.
Pronto... Sei que o meu céu certamente fica algures em Àfrica. Se bem que, a última coisa que quero ver antes morrer é mesmo o pôr do sol africano. Quero voltar a sentir aquela magia toda. Um dia tento descrever-vos o pôr do sol africano e como nos sentimos realmente pequenos e insignificantes.
Abraços