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reflectmyself

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Citações à lá carte

Arms, 30.04.07
Arranjá-lo é fácil... enchê-lo com substâncias ilegais e enviá-lo além fronteiras é que não.

Vês aquela pequena e insignificante estrela ali? É o que está reservado para ti.

Ninguém escapa a uma bomba atómica. Saltar é inútil.

Não dou atenção nenhuma a pessoas que não gostam de mim. Mas gosto de fazer com que eles pensem que sim.

Prepare-se para aceitar ter que fazer sacifícios. Virgens vestais não são assim tão más!

Se deres a um homem demasiada corda, ele dirá que está atado no emprego.

Podes beijar alguém inesperadamente - só que apenas antes da pessoa estar à espera.

Sinceridade

Arms, 30.04.07
É difícil ser-se sincero. Sincero para os outros e para si mesmo. É difícil enfrentar a realidade, não é? Preferimos criar máscaras atrás de máscaras, mentiras para tapar mentiras para podermos lidar com a nossa vida. Temos medo de olhar as coisas de frente. Mesmo que todos já saibam quem somos vincamos ali o pé e dizemos que não.

É melhor esquivar as conversas. Melhor seria evitá-las de todo. E melhor que isso seria deixar de falar com as pessoas que costumam ter conversas connosco. Melhor. Melhor seria deixarmos de pensar quem somos logo de uma vez. Talvez assim as coisas sejam mais simples.

TRETAS!!!!!!

Preferem levar essas meias-vidas, tudo bem. Problema vosso. Mas, foi a partir do momento em que fui sincero para mim mesmo e para os outros, olhar o mundo de frente, aceitar as pessoas e eu mesmo com todos os defeitos e qualidades, que eu comecei a viver... e a gostar de viver!
Um pensamento. =P

I wonder...

Arms, 30.04.07
Engraçado como as pessoas dizem ter intenção de fazer algo ou de manter algo, mas vão e fazem precisamente o contrário.

Uma pessoa como eu, que diz e faz o que diz, fica sem saber que sinal interpretar.

Não seria mais fácil dizer logo o que pretende em vez de fazer esses jogos ridículos de esquividade?

Ah, espera! Pois. Esqueci-me de como és naturalmente. Pronto... aí tudo bem.

Heaven's Gonna Burn Your Eyes

Arms, 29.04.07
by Thievery Corporation

Do you applaud fear
Do you hold it near
Are you afraid to live your life
The way I perceive
In my arms I'll catch you
Do you mind If I always love you

Heaven's gonna burn your eyes

You'll see
In my dream I'll catch you
Into my arms I'll catch you
Do you mind if I always love you

Heavens gonna burn your eyes

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Arms, 29.04.07
Libertango - Grace Jones

Strange, I've seen that face before,
Seen him hanging 'round my door,
Like a hawk stealing for the pray,
Like the night waiting for the day,

Strange, he shadows me back home,
Footsteps echo on the stones,
Rainy nights, an hustling boulevard,
Parisian music, drifting from the bars,

Tu cherche quoi, rencontrer la mort ?
Tu te prends pour qui, toi aussi tu detestes la vie,

Dance in bars and restaurants,
Home with anyone who wants,
Strange he's standing alone,
Staring eyes chill me to the bone.

Dans sa chambre,
Joelle et sa valise, un regard sur ses fringues

Sur les mures des photos sans regret, sans mellow. La porte est claquee
Joel s'est barre

Tecto

Arms, 28.04.07
Deito-me por cima do encosto do sofá de lona, com a cabeça afundada no assento. Fico assim a olhar para o tecto lisinho e passeio por entre as portas abertas, de pernas para o ar e sigo a dança das sombras dos ramos das árvores da rua, projectadas sobre o tecto branco. Na boca seguro um lápis que tento equilibrar sem o auxílio das mãos. Não há mobília a atravancar o quarto. E nem pó. E, se eu quisesse, podia encher o quarto de água e fazer uma piscina.
As fissuras da tinta branca deste quarto a pingar de tempo traçam caminhos tortuosos na minha mente. E, sem que eu queira, a minha mente é transportada, por este mapa de tempo e idade, para a minha infância esquecida, onde eu deitava-me sobre a relva e contemplava os céus e as nuvens. As tardes que se estendiam até ao limiar do tempo. E a altura em que podia sonhar sem ter que me preocupar. Tardes nunca mais sentidas pela minha pele. Tardes nunca mais apreciadas com a inocência e honestidade de uma criânça que descobre o mundo, espetando paus nas termiteiras por curiosidade em saber que reacção teriam. Tardes em que corria sem a preocupação de cair e esfolar o joelho. Tardes em que conduzia as cabras pelo terreno fora. Tardes em que corria com os cachorros, cambaleando pelo relvado fora de tão novos. Tardes em que descobria animais novos e estranhos. Tardes em que dava banho ao elefante de circo perdido com uma mangueira verde. Tardes em que, quando vinham as tempestades lá no fundo, no horizonte da savanna, me sentava a comer um gelado antes da tempestade atingir a casa e ficava a contar os relâmpagos.
E sinto no mais profundo do coração a saudade. A saudade em que a vida me apaixonava. A saudade de descobrir as coisas pela primeira vez.

E uma lágrima escorrega quando me apercebo que o que preciso é de sentir tudo pela primeira vez de novo. Renascer.

Insanidade animalesca

Arms, 28.04.07

Ruge
e lateja.
Arranha
e devora.

Consome cada pedaço da minha essência
como um leão faminto.
Devora as minhas memórias.

Quero sentir o calor do teu hálito sobre a minha pele fria.
Quero afogar nos teus olhos e perder a minha identidade.

Quero deixar de existir para renascer de novo.

E talvez eu consiga rugir e latejar,
arranhar e devorar a essência que anseio.

(Saiu-me assim, enfim... )

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