Daquelas manhãs
Arms, 30.11.07
Era uma daquelas manhãs de Inverno - daquelas em que está tanto nevoeiro que não consegues ver quase nada e tudo te parece vultos, e não consegues evitar sentires-te melancólico e romântico ao mesmo tempo, numa mistela de sentimentos calmos e talvez um bocado tristes. O Sol não passava de uma pintinha esborratada que espreitava por entre o nevoeiro. E eu, completamente enterrado em camadas de roupa - sentindo-me como o boneco da Michelin, claro! - ia descendo a rua mais uma vez. Estava completamente distraído, nos meus pensamentos - e a asneirar por estar na rua a esta hora da manhã simplesmente porque não me apetecia estar em casa - quando te vi, sentado naquele café. Foi como se já te tivesse visto algures antes... Um sentimento de "não sei de onde te conheço" veio ao de cima. E fiquei ali, naquele gelo de Inverno, aparvalhado, a olhar para ti. Pensas que me fui embora depois? Qual quê? Entrei no café e sentei-me do outro lado da sala, a olhar para ti.
E foi assim que aconteceu eu conhecer-te. Quando depois olhaste para mim e, naquele acto completamente propositado, vieste ter à minha mesa pedir-me um cigarro. E tu que nem fumavas!
E olha para nós agora... Aqui, juntos, numa daquelas manhãs de Inverno - daquelas em que o céu está limpo e faz um sol delicioso que só apetece estar sentado num banco, completamente embrulhado em camadas de roupa, a aquecer.
E foi assim que aconteceu eu conhecer-te. Quando depois olhaste para mim e, naquele acto completamente propositado, vieste ter à minha mesa pedir-me um cigarro. E tu que nem fumavas!
E olha para nós agora... Aqui, juntos, numa daquelas manhãs de Inverno - daquelas em que o céu está limpo e faz um sol delicioso que só apetece estar sentado num banco, completamente embrulhado em camadas de roupa, a aquecer.