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reflectmyself

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Ícaro

Arms, 29.10.10

Caindo... Enquanto os oceanos colidem e os sentimentos fluem para dentro de ti, através de ti e para além de ti. Caindo... A partir da Lua e para além do mar, sustens a tua respiração, enquanto a chuva escorre pelo luar. Caindo... O silêncio dos sons e as cores da tua mente... Há muito tempo e de muito longe. Quando ultrapassaste as montanhas mais altas e quando sobrevoaste os mais mais extensos e, para onde te viraste, só havia fúria e ânsia. Subindo até onde nunca ninguém subiu... e caindo até onde nunca ninguém caiu. Os sons da queda e a queda da luz. Caindo... Colidindo com os oceanos e fluindo pelo luar. Cuidado com o afundar enquanto te derretes na noite. Olhando para a Lua, para os céus que sobrevoaste... mas não há nada para além de espaço e vazio onde a tua alma ganhou asas. E sentes-te brilhante. E sentes-te deprimido. As cores do silêncio e os sons da tua mente. Fluindo, caindo, colidindo. Enquanto sustens a tua respiração. E os sons rompem-se e a noite dilui-se na luz. Caíste e, enquanto te derretes com a noite, sabes que uma vez voaste.

 

 

 

 

 

 

 

 

Algo de novo que quis sempre experimentar...

Pecados

Arms, 21.10.10

Fica o link do meu blog de poesia que, como alguns já sabem, se encontra em novas instalações.

 

O design ainda está meio nú e prosaico, mas devo magicar alguma coisa entretanto... o cérebro anda com algumas limitações no departamento da criatividade ultimamente.

 

Assim, sem mais demora, o link: http://pecadosdemim.blogs.sapo.pt

As primeiras manhãs frias

Arms, 19.10.10

Aconchegado debaixo dos cobertores. Quente, confortável. Acordei a sentir um choque de frio sobre a minha cara e encolhi-me para me aquecer. Adormeci no conforto do calor da cama... Quando tive que me levantar senti aquele frio atingir-me o corpo e pus-me aos saltinhos pelo quarto à procura das minhas pantufas (que não consegui encontrar). Eram oito da manhã e fui fazer um café quente. Saltinhos pela casa até ao quarto para buscar um robe (não o consegui encontrar). Calcei umas meias quentes. Fui beber café e pus-me a rir comigo mesmo por ter-me imaginado a andar aos saltinhos pela casa.

 

Ah... Nada como as primeiras manhãs frias de Outono/Inverno para um pouco de entretenimento.

Promessas

Arms, 18.10.10

São três da manhã. São três da manhã e não consigo dormir. Aliás, durmo mais por exaustão do que por outro motivo qualquer. Sento-me na borda da cama e acendo um cigarro... sempre na promessa de que será o último. Mas parece que as nossas promessas nunca estiveram destinadas a serem cumpridas. Olho em redor, para o quarto cheio de vazio e silêncio. Tudo é tão diferente agora. Perduro aqui numa existência esquecida desde que partiste. Perduro neste esquecimento cada vez mais claustrofóbico. Demoro a adormecer e levo quase uma eternidade para me aperceber da realidade quando acordo. Ainda acordo com o braço no teu lado da cama, como se estivesses lá. Acordo sempre a pensar que te levantaste para tratar do pequeno-almoço. Mas, quando sinto a cama fria, lembro-me de que já cá não estás. E é como se as paredes se desmoronassem sobre mim... o peso da realidade. Luto contra a gravidade para me levantar. Contra a vontade para erguer. Luto porque o que me apetece é voltar a adormecer porque tudo o que desejo é que isto tudo não passe de um pesadelo. Mas acordo sempre para esta realidade. Acordo sempre para estas correntes que me apertam e me prendem a alma. Passo o dia todo a imaginar as palavras e as frases que te poderia ter dito. Frases ridiculamente românticas numa vã tentativa a amenizar a solidão. Promessas... todas elas por cumprir. Mas nenhuma tão importante como a promessa que me fizeste.

 

Disseste sempre que estarias ao meu lado até ao fim... Só não fazia ideia de que o fim chegaria tão antes do tempo.

 

(Algo escrito em modo de improviso e em poucos minutos... pegando outra vez na minha colecção de textos da minha Ode à Solidão. Algo a ser trabalhado...)