Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

reflectmyself

reflectmyself

Coisas de Metro

Arms, 16.02.09
Entro na carruagem, com uma pedrada de sono tal que adormeço durante uns poucos minutos. Quando acordo está uma senhora à minha frente, de costas para mim. Achei a senhora muito estranha: tinha um corte de cabelo pouco usual - para não dizer feio como tudo - e vestia um casaco que era feito do mesmo tecido - pelo menos ao olhar - que as cadeiras do metro. Era igualzinho: o mesmo padrão e a mesma cor. Provavelmente até foi fabricado no mesmo local e os fios do tecido terem todos os mesmos nós. Nem sei. Só sei que a senhora era muito estranha.

Quando chego a uma das paragens do metro - nem sei se era em Picoas ou no Marquês de Pombal - a senhora levanta-se e dirige-se para a porta. E é aí que me apercebo que a senhora nem era estranha. Até porque nem era uma senhora, era um senhor. Se bem que feio como tudo também.

E fiquei com aquela sensação estranha que se tem quando a realidade é mais surreal que a ficção.

4 comentários

Comentar post