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reflectmyself

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The day after...

Arms, 25.09.10

OK. Está provado que odeio determinantemente discotecas, por muito boa música que tenham e por muito pouco ar de engate que transmitam. It's not my style! Levaram-me ontem para uma discoteca (acho que se chamava Musicbox ou algo assim) que tocava música anos 70/80 lembrando as aberturas das séries da época e algo parecido com Isaac Hayes e Shaft. E pensei que, já que gosto do estilo e gosto de Isaac Hayes, vamos lá tentar... Mas não. Há coisas que não consigo gostar e discotecas é uma delas. Bebi, dancei, fumei uns cigarros (eu não fumo charros nem me despertam qualquer tipo de curiosidade) e ainda ganhei um shot por ser os meus anos. Mas... pá... nada de feeling nem atitude. alguns dos meus amigos lamentam ouvir que discotecas não são a minha noção de diversão. Dizem que sou demasiado zen para isso - às vezes no gozo - e eu simplesmente encolho os ombros e digo "não gosto".

 

Ontem foi um dia em cheio. No Jardim Zoológico um papagaio empoleirou-se no meu ombro e o tratador ficou a olhar para mim admirado. Diz-me o homem (giro, by the way) que o papagaio nunca fez aquilo e pede-me desculpa se ele me assustou. Eu estava de costas para o papagaio, na zona das bilheteiras, enquanto eles nos colocam aquele líquido na mão para, se sairmos, podermos voltar. É claro que nem estava a ligar ao tratador, eu estava todo animado com o papagaio e a falar com ele. A minha mãe só me dizia "Eu acho incrível como todos os animais vêm ter contigo". E eu, feliz da vida com o papagaio a falar - e ele a responder. Foi divertido.

 

Adorei a noite do meu aniversário. Poucos amigos e um bar calmo onde pudemos falar. Conversas existenciais e trivialidades. Vira-se um amigo dizendo que continua sem conseguir acreditar que ainda estou sozinho. Que, se fosse ele, que já teria encontrado alguém. Respondi-lhe que eu não quero 'alguém'. É por isso que não tenho 'alguém'. Que, apesar de não conseguir conceber a minha vida sem um parceiro ao meu lado, também não consigo conceber a minha vida saltando de relação insignificante a relação insignificante até encontrar um significante. E ele diz-me que o facto de se ser solteiro permite essas liberdades, que assim ando a desperdiçar tempo. Disse-lhe que não. Existem pessoas que são solteiras por natureza, não se imaginam numa relação duradoura com a mesma pessoa. Eu sou solteiro por circunstância - nunca na minha vida me imaginei sem um parceiro. É assim que quero passar o resto da minha vida: numa relação com a mesma pessoa. Crescer ao lado de quem amo. É essa a minha natureza. E não consigo saltar de solteiro em solteiro porque acredito que não é assim que melhor me sinto. E o meu amigo confessa-me que às vezes tem pena por eu não ter alguém, que merecia ter alguém. E eu disse-lhe que terei. Apenas não agora.

 

Conheci pessoas novas. Diverti-me. Tive um pouco de tudo: zen, lounge, 80's, 70's, dança, bebida, calor e frio. Foi um dia bem passado.

 

Hoje é mais um dia em cheio porque a minha melhor amiga faz anos! Parabéns C.

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